jOÃO PEDRO CAMPEÃOOOO!

Agora somos INTIMUS

Agora somos INTIMUS

Não temos mais segredos...

Não temos mais segredos...

Só nós dois!

Só nós dois!

Valeu pela visitinha!

Vc enxerga de longe?

Vc enxerga de longe?

Vamos rir um pouco?

Vamos rir um pouco?

Dá um tempo, André!

Dá um tempo, André!

domingo, 23 de maio de 2010

















Sai logo cedo com um saco velho a procura de gatos abandonados.Depois do almoço o Fábio me chamou de cima do caminhão:
- Mara, um beijo!
E pela primeira vez retruquei, sorrindo.
- Vem me ajudar, preguiçosa.
- Tenho que me poupar para logo mais á noite.
- E o que vai acontecer á noite?
- A noite tudo acontece.Paulo e eu.Eu e Paulo.
Ele soltou uma gargalhada:
- O Paulo é crente.Nunca beijou nem o travesseiro.
- Vamos aprender juntos.Ele é crente, mas não é bobo.
- Cuidado, hein? A mãe dele vai obrigar vc a se casar com ele.Principalmente se ele engravidar! - e ria feito um idiota no cio.
- Só se for de vc, seu gay.
Sai a noite ao chamado do Paulo.Estava toda EMPIRIQUITADA:
- Oiiii, querido.Tudo bom com vc?
E o Fábio lavava o carro só de pescoção.Eu falava bem alto:
- Vc está lindo, Paulo.Me fala sobre nós.Como percebeu que estava apaixonado por mim?
E o trouxa do Paulo falava muito baixo.
- Fala mais alto.Não estou ouvindo.Como?! Quer me beijar na boca??! - e o Paulo não entendia nada- Nossaaaaaa, como vc é rápido, hein? Pega leve!
Fábio esfregava até a calçada com um olho no peixe e outro no gato.
- Vamos dar uma volta, Paulo?
E ele concordou com a cabeça.Era um sonso.
- Mas de carro, querido.Com o seu carro.Pega lá.Quero chupar um sorvete.
Enquanto ele corria todo iludido com a chave na mão, eu encarava o Fábio.
- Vcs vão passear de carro? - engoliu em seco.
- Claro, ou vc pensa que só vc tem carro aqui na rua? O Paulo tem uma Brasília branca, lindaaaaaa! Ele trabalha e pode pagar um sorvete.Até um saco de sorvete.Não é igual a vc que é empregadinho do pai.Um durenga.
- Durengaaaa?! Tá bom.O meu pai é empresário, minha filha.
- E vc é o empregado dele, meu filho.Ou melhor, o escravo dele.Não tá pagando nem a luz.Dá um tempo vai.
E ele desligou a mangueira retrucando:
- Dá um tempo vc. Só fala abobrinha.Rico é o seu pai, né?
- Pelo menos não é pão duro igual ao seu.Aquele miserável do caramba!
Fábio bateu o portão na minha cara e entrou.Barulho do motor do carro do Paulo chegando.Que raiva!
- Vc demorou muito, Paulo.Agora meu pai não deixa mais eu sair, tá? Thau.
E entrei sem olhar para trás.Fábio fofoqueiro!

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