
Estávamos sentados na calçada da minha casa:
- Agora vc tá namorando o Paulo, né?
- Que isto, Fábio.Ele é um carrapato.Vive me chamando, mas eu não quero nada.Tenho mais três carinhas na minha.Um tal de Betinho, de Samir, de...de..Esquecí o nome.
-É, vc não quis namorar comigo, né?
-Vc não é noivo?
-Só ás vezes.Sou apaixonado por uma garota, mas ela não d´um pingo de valor.
-Sério??! Chega junto.- sorri.- Ela deve ser bonita, né?
-Muito. - sorriu.
- Sei.Vc precisa se declarar mais.Falar o que sente.Ser verdadeiro com ela.Não pode ficar com outras mulheres.Tem que se decidir.- piscava os olhos, feliz da vida.
- Eu já me declarei uma vez.
- Eu lembro deste dia.- segurei a sua mão.
- Como vc se lembra?
- Ora, como.Deixa de ser tímido, Fábio.Se abre logo.
- Como vc sabe se ela não mora aqui?Ela é da minha classe, Silmara.
Quase quebrei todos os seus dedos.
- Bacana.Da sua classe? Legal.Tenho que ir, falô? O Paulo vai chegar daqui a pouco e não gosta de me ver conversando com qualquer um na rua.O Cara é firmeza, entendeu, né? FIrmeza como poucos e acho que vamos nos casar.Feliz Natal.
- Feliz Natal? A gente tá no começo do ano...
- É que acho que não vou te ver mais.Falô ai.
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