
Precisava arrumar outro namoradinho de araque pq o Paulo era muito sonso.Ninguém se impressiionava com o nosso romance e o próprio Fábio ria de nós;
- Engrena logo, Paulo.Força, rapaz!
- Não se mete na nossa vida, garoto.Cuida do seu noivado que eu cuido do meu.
Droga, quem seria a próxima vítima? Não demorou para que aparecesse um tal de Flávio no pedaço e cai com tudo em cima dele.Era só charme!
- Vamos jogar voley, Flávio? Vamos ali em frente a fábrica de estôpa pq aqui a bola cai no bueiro.E eu gritava feito louca:
- Aiiiii, pega esssa.Upa! Vaiiiiii!
Até que o picareta saiu na porta todo entupido de estopa.Só dava pra ver o olho.
- Que bagunça é essa na minha porta, hein? Vc está atrapalhando o nosso trabalho, Silmara.Vai jogar na sua porta.
- Não enxe o meu saco.Vc não é o dono da rua.
- Se a bola cair aqui eu vou furar, tá ouvindo?
Nisso o Flávio, que não era sonso, me defendeu:
- Ô Fabião, dá um tempo aí, meu.
Adorei.Chupa que é doce.
Fui bem pertinho dele sussurrando:
- Vc já conhece o FLÁ? Ele não é o Paulo, não meu filho.Aqui o buraco é mais embaixo.
- Vc tá parecendo uma galinha.Vou falar tudo pro seu pai.Namorar comigo ele não deixou, né? Agora ficar se esfregando com um e com outro, pode, né?
Fiquei roxa.Peguei a bola de taquei com tudo no meio da sua cara.Rodopiamos na calçada; dois passos pra cá e dois pra lá.
- Galinha é a sua irmã.Descarado!
Dois pra cá e dois pra lá.Nos encaramos.Ele sorriu:
- Casa comigo...
- Um dia, quem sabe.
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