
Enfeitamos a rua com bandeirinhas coloridas e flores pintadas por guache.Fui até o orelhão e liguei para a sua casa.
- Fábio...- minha voz era um sussurro.Eu tremia toda só de falar o seu nome.
- Silmara????!
- Fábio, vem aqui na rua me ver.Vem...
- Tô indo.
Subiu a viela com muita rapidez e ficamos nos olhando, mudos.
Era tempo de Copa do Mundo; de gol, de samba.Fizemos faixas coloridas e bandeirolas
3x4.Nossa rua parecia um picadeiro.Peguei um galão de tinta verde e outro amarelo pintando em frente a fábrica de estôpa enquanto me observava:
- EU TE AMO - 1982
Foi uma revolução e me senti feliz.
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