
Ele me lambeu o rosto, assoprou o cabelo e cochichou no ouvido.
- Não sou nenhum malandro, meu anjo.
Levantou o meu queixo com um dos dedos.
- Me dá uma beijoquinha, vai Silmarinha.
Estávamos dentro da boléia do seu caminhão e caia a maior chuva lá fora.
- Não se atreva a colocar essa mão pecaminosa dentro de mim, Fábio.
Ele riu:
- Dentro de vc?! Como assim, dentro de vc? NÃO vou te fazer o papanicolau, não.Só quero um beijo de verdade.
Cruzou os meus braços no peito montando em cima da minha barriga.Mordi suas mão com tudo e ele ria.Ria de babar.Soltei um grito estérico e o pessoal da fábrica saiu na porta chamando o seu pai.
- O que tá acontecendo aqui, hein? Larga a menina, Fábio.
Foi o maior mico.Ajeitei o cabelo e desci da boleia com cara de bunda.
- Só entrei ali dentro, Seu José, porque estava procurando a minha bola.
- Sei.- e rindo- Cuidado pra não achar, hein? Casa com ele, Silmara.O menino tá carente.- e se beijaram num gesto explícito de amor.
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