jOÃO PEDRO CAMPEÃOOOO!
Agora somos INTIMUS
Não temos mais segredos...
Só nós dois!
Valeu pela visitinha!
Vc enxerga de longe?
Vamos rir um pouco?
Dá um tempo, André!
sexta-feira, 21 de maio de 2010
A bonitinha do titio
Quando saimos do interior para morarmos em São Paulo não deixamos amigos por lá, principalmente eu, que era chamada de "a filha da puta" pelos cantos da cidade.A molecada fazia coro e aos poucos fui pegando raiva deles porque não sabia que era filha adotiva.Todo mundo conhecia o meu passado infeliz, menos eu.
Só que minha tia Dirce, meu Tio freitas, a Rose e o Carlinhos eram muito especiais para mim e valiam qualquer sacrifício.O meu tio ficou sócio de um rancho em Santa Fé do Sul e íamos com sua Variant amarela chapada de comida, bebida e baralho.A gente virava a noite jogando buraco.Meu tio Freitas era uma comédia.Brigava por qualquer motivo e eu tinha a maior paura dele.Quando bebia cuspia fogo pelas ventas e acabava com a festa em dois palitos.Havia composto o hino do rancho e fazia a gente cantar na ida e na volta.Eu, como era muito puxa saco, fazia o refrão com direito a uma reboladinha.E ainda gritava: - De novo.Não há ó gente quem não goste da Maré Mansaaaa...A Maré Mansa é toda iluminada onde de manhã canta a passarada; de dia de noite é aquela peixada peixada,peixadaaaaaaaaaaa...
E minha goela tremia nos ares.Ele até chorava, emocionado.
- A Silmarinha tem vozEla é danada.Tem estilo.Parece um curió.Canta!
E aí eu tinha um tréco, puxando novamente a cantoria:
- Vamo, não pára.A Maré Mansa é toda iluminadaaaaaaaaaaaaaaaa...
Meus primos não aguentavam mais e fingiam dormir no caminho, enquanto eu estava até zonza de tanto balançar a cabeça no ritmo da música.Depois o meu tio Freitas me abraçava feliz e me pagava uma Tubaina no bar.Nas férias de final de ano eu ia pra Valentim Gentil na casa da minha tia Dirce.
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